quinta-feira, 11 de junho de 2009

Viagem a Carambeí e o Dia dos Namorados

A morte como nossa conselheira:“A morte é nossa eterna companheira. Ela está sempre à nossa esquerda, ao alcance do nosso braço. A morte é a única conselheira sábia que temos. Sempre que você sentir, como sempre acontece, que tudo está errado, e que você está pronto a ser aniquilado, volte-se para a sua morte e pergunte-lhe se assim é. Sua morte lhe dirá que você está errado. Nada realmente importa, a não ser o seu toque. Sua morte lhe dirá: "Ainda não o toquei" Há uma estranha, devoradora felicidade, quando agimos na total convicção de que. qualquer que seja a coisa que estamos fazendo, esta pode muito bem ser a nossa última batalha sobre a terra. Que caminho escolher? Não importa. Todos os caminhos conduzem ao mesmo fim. Por isso é importante escolher o caminho do amor.” (Palavras do bruxo D. Juan,no livro de Carlos Castañeda, Viagem a Ixtlan)
Publicado em "A Casa de Rubem Alves" (http://www.rubemalves.com.br/quartodebadulaquesLXXIX.html)

O que tem a ver a morte com uma ida até Carambeí? Ou o que tem a morte a ver com o dia dos Namorados?
Sei lá, acho que talvez a frase final: "...é importante escolher o caminho do amor."
Ou nada a ver, apenas uma leitura de Rubem Alves, melhor, da sua página na internet. Um autor que desde os tempos da filosofia e teologia no seminário, sempre me deixou empolgado com a vida. E ir para Carambeí, na chácara do pai do amigo Carlos, também me deixa empolgado.
É quase como acampar, com um detalhe de conforto da casa com fogão à lenha, chuveiro quente, muita lenha prá queimar e a companhia dos amigos. Vale a pena.
Detalhes da previsão do tempo: vai estar frio. Bom também, nada que um vinho não aqueça... "E que tudo mais vá pro inferno!"

Um comentário:

Noemi disse...

E é inútil procurar encurtar caminho e querer começar já sabendo que a voz diz pouco, já começando por ser despessoal. Pois existe a trajetória, e a trajetória não é apenas um modo de ir. A trajetória somos nós mesmos. Em matéria de viver, nunca se pode chegar antes. A via-crucis não é um descaminho, é a passagem única, não se chega senão através dela e com ela. A insistência é o nosso esforço, a desistência é o prêmio. A este só se chega quando se experimentou o poder de construir, e, apesar do gosto de poder, prefere-se a desistência. A desistência tem que ser uma escolha. Desistir é a escolha mais sagrada de uma vida. Desistir é o verdadeiro instante humano. E só esta, é a glória própria de minha condição. A desistência é uma revelação.
Clarice Lispector